‘The Economist’ critica ‘contabilidade criativa’ do Brasil

18/01/2013 8:54

De Secretaria ACIS

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A admiração da opinião pública internacional pela economia brasileira parece cada vez menor. Na edição que chega nesta quinta-feira às bancas na Europa, a revista The Economist lança mais uma série de duras críticas ao governo de Dilma Rousseff. Ao questionar os recentes artifícios usados pela equipe econômica nas contas públicas, a revista diz que “a mudança na meta (de superávit primário) seria uma alternativa melhor do que recorrer à contabilidade criativa”.Com o título Números errados, a reportagem da revista diz que os dados econômicos “decepcionantes” não param de ser divulgados no Brasil. Depois do fraco Produto Interno Bruto (PIB) apresentado em novembro, o governo de Dilma Rousseff agora “admite que só atingiu a meta de superávit primário” após “omitir algumas despesas em infraestrutura”, “antecipar dividendos de estatais” e “atacar o fundo soberano”.

Além disso, a revista diz que outra má notícia veio com a inflação que, agora, traz ainda mais “escuridão” ao cenário. Para a “Economist”, se o governo não tivesse segurado os preços da gasolina e do transporte público, a inflação de 2012 teria chegado “mais perto de 6,5%”, o teto da meta do regime de inflação no Brasil. “Em 2013, esses preços tendem a subir”, diz a reportagem.

Para a revista, a resposta do governo brasileiro ao cenário negativo alimenta temores de que o Brasil pode estar ingressando em um período de inflação mais alta com crescimento baixo. “Atingida pela crítica, Dilma Rousseff ressalta que o Brasil ainda cresce mais rápido que a Europa. Isso é verdade, mas a maioria das outras economias emergentes, incluindo a América Latina, está melhor”, pondera a publicação.

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