3/09/2014 17:56
A falta de identificação do herdeiro com os objetivos e valores da companhia que deverá assumir. Esse é um dos problemas mais comuns na sucessão de um negócio familiar, tema do próximo Almoço Empresarial da ACIS, no dia 24 de setembro.
Muitas companhias no País não prosperam após a sucessão do fundador da empresa. Segundo dados do IBGE, cerca de 30% das empresas sobrevivem à segunda geração e apenas 5% obtém sucesso na terceira. Apesar disso, de acordo com estudos do Sebrae, as empresas familiares têm um índice de duração quase três vezes maior do que as não-familiares. “As empresas mais bem sucedidas são as que planejam essa transição durante vários anos”, afirma o consultor de Estratégia e Empresa Família, Volnei Pereira Garcia.
O almoço ocorre na Avenida Primor, 287, às 12 horas. Mais informações na secretaria (51) 3474-1212.
Vínculo emocional
Pode atrapalhar no momento de uma possível preparação de sucessão. “Sede de poder, mania de grandeza e vaidade devem ser tratados e discutidos o quanto antes para não contaminar o clima na empresa”, afirma o consultor.
Outro fator que deve ser muito discutido é a contratação de mais parentes para o trabalho dentro da companhia. É preciso se ter um critério para preencher cargos com outros familiares.
Existe idade para pensar em sucessão?
A preparação dos familiares deve começar o mais cedo possível, o que não significa uma substituição imediata do fundador. Esse tipo de discussão e de preparação ajuda a prevenir diversos conflitos.
O que diferencia as administrações boas das ruins?
As que esperam os conflitos acontecerem são as mais fadadas ao fechamento. Os empresários devem ter quatro passos em suas mentes: descentralizar a companhia da imagem do fundador com tempo e critério, manter ambiente de união e preparação dos parentes mesmo com a sucessão em curso, formalizar o acordo familiar – definir funções e formas de contratações de cada parente envolvido (ou que possa ser envolvido) no negócio – e sempre ter a ajuda de um consultor.
Como evitar o conflito de gerações
O atual mundo dos negócios está na mão de três gerações: os Baby boomers (nascidos de 1945 até 1970), os X (entre 1970 e 1985) e os Y (entre 1985 até fim dos anos 90). Cada uma tem diferentes formas de trabalho e, principalmente, velocidades distintas; por isso, é imprescindível um resgate do diálogo entre os parentes.