3/10/2012 11:53
Incertezas sobre o potencial real de crescimento da economia brasileira em 2013 levam segmentos industriais a deixar em “banho-maria” novos investimentos. Do aço à produção de veículos de transporte, dirigentes de grandes companhias como ArcelorMittal e Randon aguardam maior solidez em estimativas de elevação do PIB e respostas do setor produtivo às medidas do governo federal para dimensionar o volume dos aportes. Encomendas para obras elencadas no pacote de concessões em infraestrutura, juros menores e manutenção do ritmo da construção civil estão no visor dos dirigentes.
Os principais executivos das duas companhias admitiram ontem, na sede da Fiergs, em Porto Alegre, que há alguns sinais de melhora na atividade na reta final deste ano e que o próximo deve ser de retomada. Maior fabricante de aços no País, com 30% do mercado local, e maior no mundo, com capacidade instalada de 110 milhões de toneladas anuais, a ArcelorMittal deve ampliar as plantas brasileiras que operam no limite, mas espera o melhor momento. “Há diversos projetos na prateleira prontos para serem tirados, mas no momento adequado. Aguardamos um pouquinho para ter certeza de que o crescimento previsto para os próximos anos no País se consolide”, traçou o presidente da companhia, Benjamin Mario Baptista Filho, sem revelar valores.