26/12/2012 9:44
Ao ler uma reportagem feita por uma revista de São Paulo, há cerca de quatro anos, a então enfermeira Regina de Souza Marcelino, moradora de São Leopoldo, teve uma ideia que mudou a sua vida. Desgastada de atuar na área da saúde, decidiu abrir a Glinpet, uma empresa de locação de toalhas higienizadas para clínicas veterinárias e pet shops. Desde então, só tem visto o negócio crescer.
Das 100 toalhas por mês do início da prestação de serviço, em meados de 2009, hoje ela responde pelo giro de 10 mil toalhas/mês, que são utilizadas após o banho de bichos de estimação em 90 locais de Porto Alegre e do Vale do Sinos. Do salário de R$ 2 mil, Regina inflou o orçamento para algo em torno de R$ 10 mil mensais. “Todo dinheiro que entra, eu guardo para novos investimentos”, explica, destacando que tem planos de erguer uma sede para a empresa em 2013.
A proprietária da Glinpet está entre os 55% de empreendedores individuais do País cuja origem é da classe C. Segundo dados do Sebrae nacional, outros 37,5% são oriundos das classes A e B. “São pessoas bem resolvidas, que acreditam que podem contribuir com o desenvolvimento”, define o presidente da entidade no Estado, Vitor Augusto Koch. Do total de empreendedores no País, 58% despendem todo seu tempo de trabalho para administrar e tocar suas empresas. Outros 42%, apesar de abrirem firmas individuais, se mantêm em empregos com carteira assinada, onde permanecem por um período, até que o próprio negócio vingue. “Neste período, estas pessoas trabalham o dobro do tempo e precisam da ajuda de funcionários. Aliás, 19% dos empreendedores individuais emprega de dois a cinco colaboradores”, completa o dirigente.