7/01/2013 9:00
Mesmo após crescer acima da inflação, o preço dos imóveis no País teve uma alta em ritmo mais lento ao longo de 2012. Na opinião de analistas e empresários do setor, a perspectiva para 2013 é de que esse movimento de desaceleração continue, empurrando os preços para um patamar próximo da inflação setorial – o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC). Isso significa que, na média das cidades, o preço da casa própria deverá subir entre 6% e 10% neste ano, de acordo com as projeções das fontes consultadas. Dados do Índice Fipezap mostram que o valor médio do metro quadrado dos imóveis no País subiu 13,7% em 2012, elevação mais moderada do que em 2011, quando chegou a 26,3%. Apesar de cair praticamente pela metade, a alta ainda foi quase o dobro do INCC no período, de 7,2%.
Na avaliação de Basílio Jafet, presidente da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (Fiabci-Brasil), a alta dos preços continuou sustentada pela forte demanda dos compradores de imóveis, associada à redução das taxas de juros do financiamento e à queda dos lançamentos pelas incorporadoras, que passaram por ajustes em suas operações após estouros de orçamentos e atrasos de obras. “Mas o aumento dos preços está mais equilibrado com a inflação e deve seguir essa linha”, estimou. Entre executivos do setor, a avaliação é de que apesar das altas, os preços ainda acompanham a capacidade de pagamento das famílias. Levantamento da Brookfield Incorporações mostra que o preço médio de um imóvel de 60 metros quadrados na cidade de São Paulo passou de R$ 148 mil, em 2002, para R$ 416 mil em 2012.