15/01/2013 9:56
O consumo das famílias, a estabilidade nos níveis de emprego, o crescimento do crédito, o consumo do governo e os estímulos ao investimento são alguns dos fatores apontados pelo economista Bruno Paim para sustentar a ideia de que 2013 poderá ser um ano de retomada do crescimento econômico no Brasil. O artigo, que explora esse cenário, abre a Carta de Conjuntura FEE de janeiro, divulgada ontem em Porto Alegre.
Nesta, que é primeira edição do documento a circular exclusivamente em versão online, a Fundação de Economia e Estatística destaca também outros temas. A economista Beky Macadar mostra o aprofundamento do processo de internacionalização das empresas brasileiras, enquanto Clarissa Black detalha dados da Cepal sobre o crescimento de 17% do investimento estrangeiro direto na América Latina e no Caribe. Já Rodrigo de Sá tenta mapear os canais de transmissão da agricultura para os demais segmentos da economia.
A economista Cecília Hoff apontou como interessante a questão do emprego (também abordada nos textos dos pesquisadores Maria Jornada e Alejandro Arandia). “Achei formidável que nesse ano, quando o PIB não cresceu nada, vai ser menos de 1%, a taxa de desemprego permaneceu nos mínimos históricos, enquanto a formalização segue crescendo. É uma evidência de que as políticas foram bem-sucedidas, não surtiram o efeito esperado no investimento, porém conseguiram preservar a questão do emprego. Isso aponta a boa perspectiva para o ano, porque, como as indústrias mantiveram os trabalhadores, há espaço para o crescimento sem pressão nos salários”, detalhou.