6/09/2013 9:50
Para uma instituição que ainda procura recuperar a credibilidade da política de controle da inflação, o Banco Central fez uma aposta arriscada: decidiu se associar às promessas oficiais de austeridade no gasto público.
A nova tese foi divulgada ontem, na tradicional linguagem cifrada, pela ata que explica a decisão da semana passada de elevar os juros de 8,5% para 9% ao ano.
Até então, os documentos do BC vinham dizendo que o aumento contínuo das despesas do governo alimentava a escalada dos preços.
Em seu jargão peculiar, a instituição dizia, até julho, ver “o balanço do setor público em posição expansionista”. Em outras palavras, que os gastos públicos em salários, programas sociais, custeio administrativo e investimentos crescem mais rapidamente que a oferta nacional de bens e serviços.