31/03/2014 9:54
O impacto na conta do governo para evitar o aumento de um ponto porcentual na inflação pode chegar a R$ 34 bilhões este ano. A conta bilionária – compilada pela consultoria A.C. Pastore & Associados – se dá pela decisão da equipe econômica de não reajustar os preços administrados, como os da gasolina e da energia elétrica.
A maior parte desse esforço virá do gasto extra do governo para manter a promessa de redução da conta de energia elétrica. Em 2014, a ajuda às distribuidoras vai custar R$ 21 bilhões – R$ 13 bilhões vindos do Tesouro e R$ 8 bilhões em dívida emitida em nome Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) que deve ser financiada por bancos públicos e privados. “Se a situação do nível dos reservatórios se agravar mais, essa conta ainda pode crescer”, afirma o economista da A.C. Pastore & Associados, Marcelo Gazzano. A segunda parte desse custo virá dos R$ 13 bilhões que o governo deixará de arrecadar com a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo cobrado sobre combustíveis.