24/04/2014 8:05
A oito meses do fim do mandato de Dilma Rousseff, a chamada “agenda estratégica setorial” da controversa política industrial do governo registra um “avanço” médio de 55,4% no conjunto de medidas anunciadas para 19 setores escolhidos como prioridade desde 2011.O chamado Índice Geral de Escopo (IGE), usado para medir a execução das ações em cada setor, figura no mais recente relatório técnico de acompanhamento das ações do Plano Brasil Maior, divulgado no fim de fevereiro pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
A nova política, conduzida pelo ex-presidente da agência e atual ministro do Desenvolvimento, Mauro Borges, registra relevantes atrasos em algumas agendas. No setor automotivo, afetado por retração nas vendas internas e a crise cambial na Argentina, o índice de avanço chegou a 42% do programado até aqui. Das 31 medidas do governo no setor, 16% figuram como “em atraso”, 68% têm status “executando como planejado” e 3% “concluídas”.
No setor de celulose e papel, o indicador IGE atingiu 29% até fevereiro. Na metalurgia, construção civil e complexo da saúde, outros casos de baixa execução, têm menos de 40% no índice.