16/07/2014 9:13
Após uma dura negociação entre os cinco países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), os líderes do bloco decidiram, nesta terça-feira, que o banco de desenvolvimento que financiará projetos de infraestrutura de nações emergentes será presidido pelos indianos, e a sede escolhida é a cidade chinesa de Xangai. Foi uma derrota sofrida pelo governo brasileiro, que até o último momento lutou para que o Brasil tivesse o primeiro presidente da instituição.
Segundo a Declaração de Fortaleza, divulgada ontem, caberá ao Brasil a presidência do conselho de administração do banco, enquanto a Rússia presidirá o conselho de governadores. A instituição terá um capital inicial de US$ 50 bilhões, podendo chegar a US$ 100 bilhões.
Foi, ainda, criado o Arranjo Contingente de Reservas (ACR) do Brics. O novo instrumento terá US$ 100 bilhões para dar apoio aos membros que estiverem com problemas em seu balanço de pagamentos. Também foram assinados dois acordos de cooperação: um entre as garantidoras de crédito à exportação dos cinco países e outro entre os bancos de fomento do Brics – no caso do Brasil, o signatário foi o presidente do Bndes, Luciano Coutinho.