28/04/2015 19:34
Mudar ou não mudar: “maior risco da mudança é fazê-la sem se conhecer”, diz coach
Se a insatisfação é sua colega de trabalho há tempos, a reinvenção profissional pode aparecer como alternativa tentadora. Anseios e planos de mudança de carreira ou de profissão são tema frequente entre as pessoas que procuram o coach Fábio Di Giacomo.
Ele, que traz na sua própria bagagem de carreira mudanças profissionais radicais, tem ajudado os participantes do reality show Sonho Meu, novo quadro do programa “Como Será”, comandado por Sandra Annemberg na Globo, nas manhãs de sábado, nesta transição.
“Mais do que mudanças de carreira, a mudanças de profissão são as mais desafiadoras e, por isso, arriscadas”, diz o coach.
A afirmação vem acompanhada por conhecimento de causa. Formado em matemática, química e engenharia mecânica, Di Giacomo trabalhou por 20 anos em indústrias e empresas do mundo corporativo, antes de se tornar coach.
Ao longo destas duas décadas, ocupou cargos nas áreas de produção, manutenção, laboratório, controle de qualidade e recursos humanos. Após passar por um processo de coaching, disse que finalmente “se conheceu”, um dos passos mais importantes do movimento da mudança profissional que o levou ao posto de master coach, no comando da UM%.
De acordo com ele, até a decisão definitiva de mudar, algumas etapas são obrigatórias:
“Muitas vezes são sonhos profissionais guardados por 15, 20 anos”, diz Di Giacomo. É o caso da participante do reality Terezinha Alves, que foi cabeleireira durante anos, e, entre pentes e tesouras, sonhava com as letras, matéria-prima dos escritores.
De acordo com o coach, o sinal de que é hora de mudar é sensorial. “É sentir que é o momento, acreditar na mudança e no sonho. Perceber que vale a pena”, diz o coach.
Por que o autoconhecimento é tão importante? “Permite que a pessoa descubra no que ela é boa, qual a sua paixão, seus valores e suas inspirações”, diz. E é um processo, não um evento, uma companhia diária, uma reflexão constante.
Nunca pule esta etapa, indica o coach. “O maior risco da mudança de profissão é fazê-la sem se conhecer”, diz. Quanto mais a pessoa se conhece, a tendência é que o seu grau de certeza aumente. “Para que a pessoa consiga realizar o sonho, precisa se sentir capaz”, diz Di Giacomo.
Vivenciar a profissão desejada é se aproximar do sonho, dar contornos reais ao sentimento motivador da mudança. E esse é o passo final do caminho até a certeza de mudar, segundo o coach. A nova experiência tem o potencial para impulsionar a decisão de colocar a mudança em prática. E esta nova etapa, a da execução, começa em seguida.