17/09/2012 12:26
Apesar do crescimento a jato do mercado doméstico, que dobrou o número de passageiros transportados nos últimos seis anos, o céu não é de brigadeiro para as líderes do setor.
Abatidas pela turbulência econômica, TAM e Gol, que já fecharam no vermelho em 2011, amargaram prejuízo somado de R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre.
Na tentativa de estancar as perdas, a dupla recorreu ao enxugamento de rotas e, com isso, acelera a perda de participação de mercado para as concorrentes menores.
Para o professor de ambiente de negócios da aviação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) Richard Lucht, também diretor-geral da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-Sul), o desastre dos balanços é explicado pela exposição do setor às oscilações da economia. A alta do câmbio, lembra Lucht, afeta os preços do combustíveis e do leasing das aeronaves, o equivalente a 40% do custo operacional das companhias. Com isso, resta para as empresas manobrar com o quadro de pessoal e a malha.