4/08/2014 8:03
A queda nas exportações brasileiras para a Argentina deve se acentuar ainda mais até o fim do ano em função do estado de calote que o país vive. Até julho, as vendas caíram 22,6% e, nas estimativas da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), esse porcentual pode chegar a 27%. Em contrapartida, teme-se que a competição com a China, que já não é fácil, se acirre.
Os chineses vinham aproveitando o momento de crise para ganhar espaço. No mês passado, durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao país, os chineses se comprometeram a investir US$ 7,5 bilhões em hidrelétricas e liberar a compra de US$ 11,5 bilhões em produtos chineses com pagamentos a serem feitos em yuan, a moeda chinesa.
Após o calote, o crédito deve ficar mais escasso, e os chineses podem aproveitar o momento para oferecer financiamento aos argentinos sob a condição de vender mais produtos ao país. “Eles têm reservas de trilhões de dólares e não teriam o menor problema para dar financiamento”, diz o presidente da AEB, José Augusto de Castro.