28/01/2013 13:39
A indústria brasileira está convencida de que sem educação de qualidade o Brasil não será um país desenvolvido. O alerta foi dado pelo vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Tigre, durante a 4ª Cúpula União Europeia-América Latina e Caribe, no sábado, 26 de janeiro, em Santiago, no Chile. Enfatizou que o cenário externo atual comprova que a qualificação e a capacidade de agregar conhecimento à produção são o grande diferencial do século 21.
Segundo Tigre, o empresariado brasileiro acredita que o investimento em educação é fundamental para o aumento da competitividade. Na sua visão, a incorporação de novas tecnologias no processo produtivo requer uma força de trabalho apta a aprender e desenvolver novas tecnologias e, para isso, a matriz educacional brasileira precisa se voltar para a ampliação e o aprimoramento do ensino técnico profissional. “Trata-se de um grande desafio, considerando que, apesar de a participação do ensino profissional ter aumentado na educação brasileira, ainda existe um grau de desinformação muito grande sobre essa modalidade de ensino”, assinalou.
Lembrou o vice-presidente da CNI que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o governo se associaram para aumentar a oferta de mão-de-obra técnica qualificada. O SENAI obteve financiamento de R$ 1,5 bilhão do BNDES e investirá mais R$ 400 milhões para dobrar o número de alunos matriculados até 2014. Além disso, construirá 61 institutos tecnológicos e 23 institutos de inovação até lá para atender as demandas de inovação e qualificação profissional das empresas industriais em todo o país.