9/01/2013 9:26
O próximo capítulo da novela da construção da Rodovia do Progresso (ERS-010) está marcado para março, quando o governador Tarso Genro decidirá se a rodovia será finalmente construída ou não. Ontem, o Conselho Deliberativo Metropolitano (CDM) entregou ao chefe de gabinete da Secretaria de Planejamento, Pedro Henrique Correia – já que o secretário João Motta não compareceu ao ato solene –, o estudo com explicações e alternativas aos cinco itens contestados pelo governo gaúcho no ano passado.
A nova proposta, apresentada pelo presidente da CDM e prefeito de Canoas, Jairo Jorge, prevê que a iniciativa privada assuma os itens que o governo estadual havia considerado como “de risco”. Segundo ele, as estimativas iniciais do governo gaúcho apontavam gastos na ordem de R$ 80 milhões com as desapropriações. As pesquisas realizadas pela Odebrecht – responsável pelo estudo de viabilidade e vencedora da licitação – estimaram em R$ 156 milhões os custos para desapropriar as áreas para a construção da Rodovia do Progresso.
“A preocupação do governo de que esses valores podem estar subestimados pode ser resolvida repassando essa exigência para o empreendedor e dando ao Estado 20 anos para pagar a quantia, em parcelas de R$ 7 milhões ao ano. Além disso, a empresa que construir e administrar a ERS-010 ficará responsável pela remoção e acomodação das famílias. O setor privado terá mais agilidade e celeridade nas desapropriações, e custo menor”, explicou Jairo Jorge. Com essa alternativa, a contrapartida anual de R$ 75 milhões passaria para R$ 82 milhões.
“Faz mais de três décadas que existem estudos para viabilizar essa rodovia. Nós encontramos solução para todos os cinco pontos. Agora cabe ao governador tomar uma decisão”, avaliou o secretário estadual de Obras, Luiz Carlos Busato.