18/01/2013 8:51
Se de um lado as projeções para a economia gaúcha são de crescimento negativo no fechamento de 2012, e mesmo com o ano marcado por um cenário de estiagem, o governo do Estado comemora o fato de ter conseguido manter a arrecadação de tributos em alta. De acordo com dados divulgados pela Secretaria da Fazenda, a cobrança de ICMS alcançou R$ 21,3 bilhões os cofres, o que equivale a um aumento nominal de 9,6%, ou 4% real. Ainda assim, o acréscimo não foi capaz de impedir um novo déficit, desta vez fixado em R$ 732 milhões.
Na avaliação do secretário da Fazenda, Odir Tonolier, a explicação pode estar ligada ao aumento das aplicações destinadas a saúde, educação e segurança. Juntas, as áreas demandaram R$ 1,7 bilhão e ampliaram a receita corrente líquida em 7,2% no período.
Como neste ano haverá um novo acréscimo previsto no orçamento, principalmente com educação e saúde, a perspectiva é de um novo déficit, mas sem um valor fixado. Neste aspecto, o tom será dado pela variação do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. “Esperamos um aumento acima da União. Se for de 3,5%, por aqui chegaremos a 6%, com a colaboração do regime de chuvas nas safras de verão”, analisa ao projetar redução de pelo menos 1% no crescimento do Estado no ano passado.