26/09/2012 13:09
Após 33 meses consecutivos congelados lá no alto, os juros do cartão de crédito no país dão os primeiros sinais de queda. Com taxa média de 10,69% ao mês e 238,3% ao ano, é a única modalidade que ainda resistia imóvel à pressão do governo pela redução no custo do dinheiro.
Depois de novas carraspanas públicas ao longo de setembro da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, os bancos privados, principais alvos das críticas, começam a ceder. A fila foi puxada pelo Bradesco, que na segunda-feira anunciou corte de até 54% no teto do juro do cartão de crédito a partir de 1º de novembro. Na terça-feira, foi a vez do principal concorrente, o Itaú Unibanco, informar que até o fim do ano terá taxas abaixo de um dígito para todos os clientes.
Atentos, competidores como HSBC e Santander admitem que estão reavaliando o cenário. O mesmo fazem Banco do Brasil e Caixa, os maiores bancos oficiais, que no início do mês também promoveram cortes nos custos do crédito rotativo e no parcelamento da fatura. Na mesma linha, a Caixa anunciou ontem a redução dos juros do cartão Construcard, destinado à aquisição de material de construção, além da criação do Moveiscard, para financiamento de móveis e eletrodomésticos.