31/10/2012 10:19
Falar em inclusão financeira sem citar o microcrédito pode soar como incoerência. E foi justamente sobre essa categoria de crédito, que alcança principalmente empreendedores informais e de baixa renda, que o IV Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira concentrou seus trabalhos na tarde de terça-feira. Durante o painel, o termo microcrédito apareceu como obsoleto, em um Brasil onde ter acesso a recursos financeiros não é suficiente, mas também aprender a lidar com ele. Nesse contexto, a palavra microfinanças começa a definir as necessidades do segmento, englobando serviços e oportunidades agrupados para auxiliar os tomadores no uso do crédito.
“Muitos países falam que promovem a microfinança, quando na verdade atuam somente com o microcrédito”, adverte o executivo da diretoria de promoção das micro e pequenas empresas do Banco de Desenvolvimento da América Latina, Alejandro Soriano. De acordo com ele, apesar de o microcrédito gerar renda e possibilitar o desenvolvimento produtivo, o público a quem é destinado precisa ter acesso a um rol mais amplo de serviços. Entre eles, figuram o microsseguro, poupança, bancos móveis e outras questões que fomentem um desenvolvimento completo da atividade do tomador do microcrédito.