28/01/2013 13:18
Para os investidores em ações da Petrobras (PETR3 e PETR4), há uma boa e uma má notícia, de acordo com a visão dos analistas do setor financeiro.
A boa notícia é que a empresa continua sendo uma aposta do mercado para o longo prazo, mirando nas gigantescas reservas do pré-sal.
A má notícia é que, no curto prazo, dificilmente o papel vai deixar para trás o pobre desempenho visto nos últimos anos. Somente em 2012, por exemplo, a queda foi de 9%, na contramão da Bolsa de Valores, que subiu mais de 7%.
E há duas grandes questões, com um desfecho previsto para os próximos meses, que vão fornecer uma visão mais clara das perspectivas para a companhia.
A primeira questão é a novela dos combustíveis. Tanto a empresa quanto o governo já sinalizaram várias vezes que neste ano vai haver o aumento da gasolina e do diesel. Mas o mercado se questiona quando esse reajuste vai acontecer, e de quanto será.
Há expectativas de um reajuste na faixa de 5% a 7%, mas há quem projete até 10% para os preços da gasolina. Caso esses aumentos se concretizem , é possível que o mercado comemore em um primeiro momento, mas que perca a euforia no decorrer das semanas.
Essa dúvida é fundamental para o futuro da empresa nos próximos anos. Como analistas têm reclamado há anos, os preços nacionais dos combustíveis não acompanharam o aumento ocorrido do barril de petróleo no exterior.
Embora essa defasagem no preço ajude a conter a inflação do país, afeta o caixa da estatal, que tem pela frente um agressivo programa de investimentos –estimado em US$ 236 bilhões para o período 2012-2016. O motivo é que explorar a camada pré-sal vai custar (muito) dinheiro.
Como a própria estatal já informou no ano passado, boa parte desses recursos virá do próprio faturamento, e não de novos empréstimos.