Opinião do Empreendedor

4/08/2014 22:44

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 “A relação com os nossos clientes não é mais como nas reuniões dançantes”

*Vice-presidente de Empreendedorismo da ACIS

 Fernando de Paula

Os meus artigos conversam mais com o  pessoal acima de 40 anos. Faço isso porque os mais novos, teoricamente, pensam sob uma ótica diferente. É o pessoal “online”. Bem, independente da idade do leitor quero apresentar uma relação entre o cliente e as reuniões dançantes.

Primeiro é bom explicar o que eram as reuniões dançantes. Pois bem! Eram encontros das décadas de 70 e 80 promovidos, geralmente na casa do mais “abonados” (pessoa que tinha grana), com os caras e as gurias da rua, do bairro ou da mesma turma da escola. Para acontecer além da garagem precisava ter um 3×1 – Três em Um (equipamento de som que tinha toca-discos, rádio AM e FM e toca-fitas) e um bom acervo de discos que cada um trazia, mas sempre tinha o “discotecário” que possuía mais LPs (long-plays – disco de vinil). Com a garagem, o 3×1 e os discos, estava montado o ambiente para a reunião dançante. Alguns ainda colocavam um globo de espelhos e jogos de luzes.

Apesar da maioria ser roqueiro o som era aos embalos da discoteca (ritmo dos anos 70). Apresentado o ambiente agora eu posso falar sobre a relação dos nossos clientes com as Reuniões Dançantes.

Antigamente a relação com os clientes era como os namoros destas festas. Apesar dos caras não se darem conta, os clientes eram as meninas. Elas é quem escoliam com quem queriam ficar. Os rapazes esperavam a “sessão salame” (momento das músicas lentas) para tirar as meninas.

Começava o som lento e lá iam os caras tirarem as gurias. Se elas (clientes) estivessem a fim de comprar o produto/serviço aceitavam dançar mas mantendo o rapaz à distância colocando um dos braços no peito do cara para ele não se aproximar. Era o momento que ela estava analisando o “produto/serviço” e, dependendo do desempenho na dança e na “lábia”, ela tirava o braço do peito e o colocava em volta do pescoço do menino. Pronto! O cliente tinha gostado do produto/serviço e iria consumí-lo.

Hoje não temos mais a reunião dançante para convencer o cliente. É tudo muito rápido e não há muito tempo ara convencê-lo. Se na hora que ele entra na sua loja, ou recebe você em sua empresa, você tem que estar preparado. Tem que saber o que ele quer, tem que saber o que você pode oferecer na negociação e ter muito claro as vantagens do seu produto.

Lembre-se! Não é mais uma reunião dançante. O cliente vem, te dá um pega” (romance rápido), experimenta, se não sentir firmeza já pula pra outro. Estamos na era do “ficar” (o mesmo que pega) e agora não existe mais fidelidade. Caia na real! Terminou a época das reuniões dançantes, portanto, não perca a única chance que você terá com o cliente para conquistá-lo.

Boa rave! Festa! Venda!

Que saudade das reuniões dançantes!

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